domingo, 12 de setembro de 2010


*Estórias da historia da cultura




“Todos os países que não tem uma lenda estão condenados a morrer de frio.” (Patrice de La Tour Du Pin).



O primeiro impulso que fez nascer este projeto ocorreu nos anos de 1993 a 1996, período em que exercera a função de diretora cultural da Fundação Cultural Cassiano Ricardo de São José dos Campos.

Uma notável e curiosa demanda se tornou freqüente. Estudantes, instituições culturais, universidades, cientistas da cultura, associações civis, além de representantes de outros países-frutos de intercâmbios e convênios – buscavam elementos sobre a constituição, a natureza e a pratica da identidade.

Inquieta e permanentemente pulsantes na memória e na consciência, porém, ficavam os estudantes, sobretudo formandos e seus TGs – Trabalhos de Graduação – para os exames finais cujos temas abordavam curiosamente a cultura ou um de seus ramos.

Esses jovens representam um olhar de fora. De início, nos assustaram. Entraram na casa com um brilho inquieto nos olhos e, no meio da balbúrdia do nosso complexo cotidiano, queriam ver e saber de tudo.

Repentinamente logo segundo ano de gestão, eles começaram a chegar, às vezes em grupo; eventualmente, e com “sorte”, com uma câmera ou um minigravador nas mãos, além dos cadernos.

Sempre havia algo a se ver, a apreciar, mesmo sem uma agenda prévia e seus preparativos usuais.

Mesmo que não soubéssemos o que veriam.

Os espaços da Fundação Cultural nunca estavam vazios, sem gente. Gente produzindo, gente conversando, gente se encontrando, namorando... Até gente estudando se via lá. Em todo canto, no galpão multiuso, no pátio externo, no bar cultural, na praça, na rua.

Muitos daqueles jovens terminavam por voltar.

Certos de que teríamos notícias de suas pesquisas, víamos eles sumirem entre espaços da casa, das atividades, dos grupos.

Assim me convenci. Alguma coisa - como sempre crera: algum diferencial, o entusiasmo desses jovens ante os resultados da construção da esfera pública da cultura em São José dos Campos – foi descortinada, revivida. Recuperada? Revisitada...

Modernidade e pós-modernidade

Uma diferença clara entre a modernidade e pós modernidade: sua relação com o tempo.

Enquanto o homem da modernidade vivi para o futuro, o da pós-modernidade vive o aqui-e-agora.

Uma pista ordenadora e esclarecedora da modernidade: viver para o amanhã. A modernidade aposta num tempo futuro, que deverá existir se construído como projeto de vida individual e coletivo, através do esforço humano.

A modernidade acreditou que geraria um novo tempo através do desenvolvimento científico e humano.

Conseqüentemente, o olhar histórico, linear e evolucionista da modernidade solucionaria a questão do progresso social.

Não são raros estudos que vem apontando a crise dos paradigmas da modernidade, a exemplo da ótica mecanicista, do racionalismo cientificismo, da eficiência e burocratização. A obsessão pelo novo e a crença em um mundo melhor e mais justo sob os ícones do progresso e da democracia foram se distanciando da realidade dominante. O passado deixa de ser medida de valor do presente, o cientificamente provado deixa de ser baliza de verdades universais. Nada mais é movido por projeções de vida.

*A autora optou pela grafia intencional de historia (historia do Brasil, historia geral, historia oficial) e estória recuperando o sentido das fábulas e narrativas correntes.



Conclusão do grupo:

Em análise referente ao livro nota-se que a autora Beth Brait Alvin faz um relato completo regional ao estudo cultural que muitas vezes acaba barrado em políticas ou a própria omissão do saber.

O que acontece muito hoje é a ambição de um futuro distante acaba sempre barrando os pilares de nossas raízes e historias que necessitam de conhecimento, de divulgação e muitas vezes modernização e porque não adaptações.

O mundo esta mudando evoluindo a cada dia, então temos que mudar evoluir, mas sem perder nossos vínculos culturais que são essenciais para um futuro de agora.

Segundo autores, nos tempos pós-modernos são imperativas as balizas na direção da cultura que agora prevalece sobre o progresso econômico e político.





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